segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Vivifica-nos!

Livro dos Salmos:  Esse livro é composto (obviamente) dos salmos, que constituem escritos poéticos de autores variados, reunidos originalmente para declamação ou canto. Na origem grega do termo, os salmos referem-se a "canções a serem entoadas ao som da harpa"; mas são inclusos como salmos as orações, as lamentações individuais, os poemas sobre a sabedoria e a confiança e as ações de graça, entre outras formas de composição em verso.

Estima-se que grande parte dos salmos tenha sido escrita por Davi, mas há também salmos atribuídos a Asafe, aos filhos de Corá (que eram levitas no período do Rei Josafá, de acordo com 2 Crônicas 20: 19) e até mesmo a Moisés. Não importando a sua autoria, no entanto, os salmos são inspirações do Espírito Santo e, como tais, capazes de revelar a essência de Deus para as nossas vidas e expressar, se recitados, o que vai no nosso interior com relação ao Pai.

Entre os 150 salmos que compõem, cada um, os 150 capítulos que formam esse Livro, chama a atenção o salmo 119. Com 176 versículos, esse salmo não apenas é o maior capítulo de toda a Bíblia, como, na versão original, é dividido em estrofes de oito versos, cada uma iniciando por uma letra do alfabeto hebraico. E destaca-se o fato de que o salmista constrói cada verso (sejam os de exaltação, queixa ou libertação) fundamentado na dádiva da Lei de Deus.

O salmo 119 estabelece a Palavra de Deus como padrão para todas as coisas. Nele, a lei divina é enfatizada como excelente e a observância aos mandamentos como o caminho para a felicidade. Esse salmo também revela o desejo do salmista em cumprir os mandamentos, denotado principalmente no uso de expressões como "cumprirei os teus decretos" (v. 8), "guardo no coração as tuas palavras" (v. 11), "meditarei nos teus preceitos" (v. 15), "terei prazer nos teus mandamentos" (v. 47), "apresso-me [...] em guardar os teus mandamentos" (v. 60), "nunca me esquecerei dos teus preceitos" (v. 93), "amo os teus mandamentos" (v. 127), "alegro-me nas tuas promessas" (v. 162), entre outras.

E a maneira de reter os mandamentos dá-se por meio do próprio ânimo conferido pela lei do Senhor. Assim, a retenção da Palavra de Deus é definida como processo de vivificação. Notem-se, por exemplo, como o vocábulo "vivifica-me" é utilizado nos versículos 25, 37, 40, 50, 88, 107, 149, 154, 156 e 159, tanto como meio de guardar os decretos eternos como fim a que se chega ao fazê-lo.

Isso é demonstrado no versículo 25, em particular, na súplica do salmista: "A minha alma está apegada ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra". A comoção em que se dá esse clamor revela a condição de alguém que estava abatido e sem forças e necessitava de um toque do Altíssimo para reviver; e cujo caminho para tanto era certo de ser encontrado no poder da revelação divina.

Essa dádiva dupla da Palavra está disponível para nós. Não obstante à imensa distância que nos separa da época de composição do salmo 119, o valor eterno da lei do Senhor é poderoso para penetrar todas as esferas corroídas e sem vida da nossa alma e do nosso coração e nos conferir vida em abundância. Apeguemo-nos, então, à Palavra e sejamos vivificados por sua luz e verdade.

enviado por Felipe Almeida.

sábado, 7 de novembro de 2009

Nosso irmão Emanuel


Este é nosso amigo Emanuel, também conhecido como Parmesão. Na esquete Razão e Emoção, ele vem interpretando um jovem que encontra-se em dúvida sobre qual decisão tomar acerca de diferentes apectos de sua vida. A garota linda, o trabalho explorador, a sua igreja e amigos. O que fazer? Como escolher? Ele sabe o que ele quer? Ele sabe qual é a melhor decisão?

:: ESTIMA ::

O gemido levantou-se acima do canto dos pássaros. As madres-silva, que enfeitavam as janelas, curvaram-se de tristeza, até as margaridas que ladeavam as entradas da casa perderam um pouco do brilho. Um calafrio profundo atingiu dona Joana fazendo seu corpo todo estremecer, quase derrubou todo o conteúdo do bule sobre si. Deixando os afazeres de lado, limpou as mãos no pano que trazia preso a cintura e correu em disparada para o curral. A aflição era nítida no olhar do pastor, já havia sido banhado pelas lagrimas,contava, contava e recontava, era lógico, porém inaceitável.
Joana aproximou-se tentando acalmá-lo, mas ele continuava contanto, sussurrando o nome e os detalhes de cada ovelha. A cada contagem tornava-se mais claro, faltava-lhe uma ovelha. Ignorando a noite que já começava a cair, o cansaço do dia de trabalho, saiu pelos campos em busca de sua ovelha perdida, deixando noventa e nove delas no curral.
Caminhando em direção à noite, sua mente não conseguia ocupar-se de outra coisa; realmente era tola e distraída aquela ovelha, sempre agitada no meio do bando, elétrica, viva, mesmo assim ela era pequena, não tinha as patas firmes ainda, era frágil como uma porcelana. Não fazia sentido, mas mesmo assim ele tinha por ela grande estima.
A noite já tinha tomado conta dos céus. Não se via mais nenhum vestígio do sol que brilhara durante o dia. Joana permaneceu na cozinha, solitária, apenas acompanhada da luz de um pequeno lampião. Da janela um vento frio a atingiu; a chama sobre a mesa quase se extinguiu. Levantou-se para fechar a janela, mas antes deu uma ultima olhada na noite. A lua brilhava cheia, não havia uma única nuvem, o que anunciava uma noite fria. Não levará casaco, comida ou sequer água, estava entregue a própria sorte, sozinho, despojado de tudo. Ela não sabia onde ele estava, mas sabia que de nenhuma maneira ele iria desistir.
Os caminhos eram terríveis. Depois das pastagens a beleza do campo ganhava a forma de um terreno castigado. Só com a luz da lua que o ajudava do céu, o bom pastor segue por terras secas, que não ofereciam chances a vida; passou por terrenos pedregosos, difíceis de caminhar, que feriam seus pés e seus braços. Seu corpo já estava sem forças, suas mãos marcas já não conseguiam se firmar no caminho. Quem seria capaz de fazer tal coisa? Que pastor deixaria todo seu rebanho por uma única ovelha? De onde nasce esse sentimento que o faz arriscar tudo, por tão pouco? O que move o bom Pastor é o amor, somente isso.
Em nenhum momento por nem um segundo sequer ele perde o amor ao chamá-la, sua voz já rouca a chama com amor, desejando que ela possa ouvir. Descendo pelos espinheiros, sem importar-se com os cortes que lhe marcam a pele, sua alma se aflige ao imaginar sua ovelha ali, perdida. De algum modo, que nenhum entendido podia explicar, ele ama aquela ovelha tanto quanto as outras que ficaram guardadas no curral.
Quando seu corpo começa a querer desistir,quando sua mente,já exausta, começa a falhar, sua alma com amor continua a gritar por sua ovelha. A noite já estava quase no fim, o frio flagelava seu corpo sem dó, ao seu lado figurava um barranco seco, com pedras soltas, e arbustos espinhosos. Foi desse cenário que ao chamar ouviu a resposta de sua ovelha. Seu gemido ao mesmo tempo em que lhe rasgou a alma de dor pelo sofrimento que demonstrava, o encheu de alegria por encontrá-la. Sem pensar no frio, nas feridas ou na dor que o tomava por completo, lançou-se barranco abaixo, com a mesma força de um jovem, com o ímpeto de um moço. Aquilo parecia uma armadilha, o barranco projetava-se para os espinheiros, desejando que a queda dos distraídos fosse ali. O chão não oferecia qualquer tipo de estabilidade, as pedras soltavam-se o fazendo cair sobre suas próprias costas. As únicas coisas que o mantinham firme eras seus cotovelos que riscavam o solo. A queda parecia eterna, mas os arbustos espinhentos fizeram essa ilusão desaparecer. Como pontas de faca os espinhos marcaram sua pele profundamente, o prendendo como mãos malvadas; depois, enquanto tentava libertar-se os sentia cravando em sua carne, como algo que tenta impedi-lo.
Não se concentrou no seu próprio arfar, nem na dor que sentia, por que depois do espinheiro, podia vê-la, ferida, suja, ofegante, seu olhar de pavor comoveu o bom Pastor. Livrando-se dos espinhos e das pedras, aproximou-se dela. Com ternura no olhar e com suas mãos furadas a libertou do jugo que a prendia. Sobre os seus ombros fartos e cansados a colocou, levando-a para fora daquela situação.
O sol ainda não tinha mostrado seus raios, mas já era possível ver seu brilho por de trás das colinas. Dona Joana não dormiu aquela noite, revirou-se na cama, preocupada com o destino do bom Pastor. O que ela não esperava era que com o sol, viria um grito, diferente do ultimo que ouvira. Era um brado de vitória, um canto de alegria, como uma musica que enche a alma de fartura. Ao romper a porta vê o bom Pastor subindo dos campos, trazendo em seus braços o que parecia ser a coisa mais valiosa de todos os tempos, um tesouro que nenhuma mente jamais conseguiu imaginar, a coisa mais preciosa dessa terra. Ele estava sujo, ferido e humilhado, mas sua alma estava alegre, pois sua ovelha perdida foi resgatada, ela estava morta, mas reviveu. Dona Joana não entendia: era só uma ovelha, mas como ele a estima.
Vinicius Neri

domingo, 19 de julho de 2009

Nosso nome...

É uma tradução do grego antigo para a palavra peixe e foi considerada pelos cristãos primitivos como um acróstico da expressão Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador (Iesus Christos Theou Uios Soter).

Em tempos de perseguição, os cristãos identificavam-se uns com os outros por meio do desenho do peixe. Desenhavam uma meia lua e um outro cristão completava com outra meia lua, formando o peixe, o icthus.


Como grupo de amigos cristãos, usamos este nome e simbolo para indentificarmo-nos como cristãos, seguidores de Cristo e anunciarmos seu amor e a salvação por meio da arte teatral.



Paz Galera!
Fonte: Wikipédia - Enciclopédia livre.